"Todas as pessoas grandes foram um dia crianças – mas poucas se lembram disso.” – Antoine de Saint-Exupéry

quinta-feira, 23 de junho de 2011

UM JARDIM, NO JARDIM DA INFÂNCIA

UM JARDIM, NO JARDIM DA INFÂNCIA


Havia um jardim embaixo do ar condicionado da sala de aula, foram plantadas algumas sementes pelas crianças, chegou até a germinar num verde claro, uma graminha que não agradou muito as crianças, mas como o sol não batia ali, logo as plantinhas morreram, a terra preta ficou exposta, mas as crianças sempre perguntavam sobre o que nasceria naquele jardim, foi ai que a tia da sala, teve uma idéia, já que não nasce nada de verdade, vamos criar nosso jardim, convidou as crianças para pintar flores, árvores, confeccionou um espantalho, e o jardim ficou lindo! Cheio de flores de papel, árvores de papelão, tinha até um pássaro que pousou lá, o outro fez seu ninho, eles gostaram tanto que nunca vão embora.

Juju é uma formiguinha de verdade, ela perambula pelo refeitório atrás de resto de merenda, que as crianças sempre deixam cair pelo chão, por mais que as tias da limpeza limpem, ela está sempre de barriga cheia, não quer outro lugar para viver, mas ela se perdeu da família e agora está só, dorme em um buraquinho da parede, lá no refeitório, sabe como é, perto da comida e da alegria das crianças, embora seja só, ela não é triste.

Um dia resolveu aventurar-se na imensa quadra, e viu duas crianças conversando naquele jardim.

- Nossa! Mas o que é isso? Estamos no inverno, e aqui tem sol, nuvens de chuva, flores, árvores com frutos... Será que enlouqueci de vez?

- Não linda formiguinha, aqui é o jardim mágico do maternal um, aqui tudo é possível, é de faz de contas, você imagina e acontece, quer vê? Olhe ali dentro daquela garrafa.

- Não!!! É, é... o quê é aquilo?

- Não te falei, é um pequeno mar, tem lá dentro uma baleia e um povo, eles entraram pequenininhos, e estão crescendo, a noite a baleia nada que é uma beleza, o povo azul dança, se olhar bem verá uns peixinhos que vão e vem, em cardumes e fazem uma algazarra daquelas.

- Será que posso morar aqui com vocês? estou me sentindo muito só lá no refeitório, ainda mais nos fins de semana, que ninguém aparece por lá.

-Sou apenas uma, entre muitas árvores dessa floresta, o cara que comanda aqui é o espantalho, fale com ele, é mal humorado, mas no fundo é um cara legal.

- Olá senhor, sou a Juju, gostaria muito de morar aqui, será que o senhor permite?



- Se você não me incomodar, pode se instalar, agora se fizer barulho, será posta para fora sem aviso, entendeu?

- Claro senhor, sou sozinha, e costumo ouvir música baixo, também não gosto de barulho, até logo bom senhor.

E assim Juju passou a ter uma família nova, e todas as noites era uma alegria só, com festas intermináveis que os pássaros faziam e todos dançavam ao som de suas lindas canções, com o tempo até o espantalho, que tinha que manter a pose de durão, balançava seus pés ao som das lindas canções dos pássaros, um dia apareceu por lar uma formiga macho, voando, Juju pensou que aquele lugar era mesmo mágico, imagine formiga voar? e ainda por cima, um lindo macho!!! se casaram e adotaram uma minhoca, que perdeu os pais na última faxina do pátio, e a felicidade reinava naquele jardim, e só as crianças sabiam disso, os adultos achavam bonitinho aquele cantinho. Coitados eles, não sabem de nada!

OBS: Baseado em um jardim mágico real, lá no Maternal um.(C.M.05.15.611)

Glória Cris(AAC)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Os bastidores de uma festa junina na Creche










Acompanhando os preparativos da festa junina da nossa creche. Na educação infantil, quando as crianças interagem, estão, nada mais nada menos, do que se preparando para o mundo que existe aí fora.